Gianni Agnelli

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Agnelli tornou-se presidente da Fiat em 1966. Ele abriu fábricas em muitos lugares, incluindo a Rússia (na época da União Soviética) e América do Sul, e iniciou alianças internacionais e joint-ventures (como a Iveco), o que marcou uma nova mentalidade industrial. Nos anos 70, durante a crise internacional do petróleo, vendeu parte da empresa à Lafico, uma empresa líbia detida pelo Coronel Qaddhafi; Agnelli recompraria mais tarde estas acções, no entanto.

Gianni Agnelli (no centro) e o conselho de administração da FIAT encontram-se com o Presidente Sandro Pertini (à sua esquerda) durante uma visita oficial à nova fábrica Sevel Val di Sangro, em 1981.

As suas relações com a esquerda, especialmente com o Partido Comunista de Enrico Berlinguer, foram a essência das relações entre as forças de trabalho e a indústria italiana. Os conflitos sociais relacionados às políticas da Fiat (alguns dizem política) sempre viram Agnelli manter o papel principal; nos anos 80, durante a última importante ação sindical, uma situação dramática na qual uma greve bloqueou toda a produção da Fiat, ele foi capaz de organizar a marcha de 40.000 trabalhadores que quebraram os piquetes e reentraram nas fábricas. Isto marcou o fim do poder dos sindicatos, que até hoje não recuperaram a sua influência na política e na economia italiana. Nos anos 70, a Fiat e seus dirigentes foram atacados, principalmente pelas Brigadas Vermelhas, Prima Linea e NAP. Várias pessoas que trabalhavam para o grupo foram mortas, e os sindicatos foram inicialmente suspeitos de esconder alguns dos atacantes nas suas organizações, embora os mesmos terroristas tenham mais tarde visado sindicalistas como Guido Rossa. A política de Agnelli e os acontecimentos na Fiat nos anos 70 foram o tema da peça satírica Trombetas e Framboesas de Dario Fo de 1981.

Agnelli foi nomeado senador vitalício em 1991 e subscreveu o grupo parlamentar independente; mais tarde foi nomeado membro da comissão de defesa do senado.

No início dos anos 2000, Agnelli fez aberturas à General Motors, resultando num acordo segundo o qual a General Motors se envolveu progressivamente na Fiat. A grave crise recente da Fiat encontrou Agnelli já lutando contra o câncer, e ele pouco pôde participar desses eventos.

Agnelli também estava intimamente ligado à Juventus, o mais renomado clube de futebol italiano, do qual ele era fã e proprietário direto. Seus telefonemas, todas as manhãs às 6 horas da manhã, de onde quer que estivesse, o que quer que estivesse fazendo, para o presidente do clube, Giampiero Boniperti, eram lendários.

Agnelli encontrou uma série de dificuldades com a Mediobanca através de Cesare Romiti, que causou a Agnelli uma profunda ansiedade. A Mediobanca fez uma política de supervisão constante da Fiat por causa de seus interesses financeiros na empresa, muitas vezes se envolvendo significativamente nas decisões executivas e em questões importantes. Vincenzo Maranghi, que mais tarde se tornou o CEO do banco, acabou desenvolvendo uma estreita amizade com Agnelli, apesar das tensões anteriores.

Da esquerda para a direita: Gianni Agnelli, investidor e ex-presidente da Juventus, conversa com alguns futebolistas da seleção – Cuccureddu, Marchetti, Zoff, Altafini e Anastasi – no verão de 1972.

Nomeado L’Avvocato (“O Advogado”) porque era formado em Direito (embora nunca tenha sido admitido na Ordem dos Advogados), Agnelli era a figura mais importante da economia italiana, símbolo do capitalismo ao longo da segunda metade do século XX, e considerado por muitos como o verdadeiro “Rei da Itália”. Homem culto, de inteligência perspicaz e de peculiar senso de humor, foi talvez o italiano mais famoso no exterior, formando relações profundas com banqueiros e políticos internacionais, em grande parte através do Grupo Bilderberg, a cujas conferências assistiu regularmente desde 1958. Alguns dos outros regulares do Bilderberg tornaram-se amigos íntimos, entre eles Henry Kissinger. Outro associado de longa data foi David Rockefeller (mais um Bilderberg regular), que o nomeou para o Comité Consultivo Internacional (IAC) do Chase Manhattan Bank, do qual Rockefeller foi presidente; Agnelli esteve neste comité durante trinta anos. Ele também foi membro de um sindicato com a Rockefeller que durante uma época na década de 1980 era proprietário do Rockefeller Center.

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