Teoria Musical para Iniciantes 1: Introdução às escalas

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Todos nós adoramos solos de guitarra, mas nem todos gostam de passar tempo a descobrir as notas que os compõem. Felizmente, há um padrão para a maioria deles. Os solos são construídos sobre escalas que nos ajudam a quebrar até os riffs mais complicados em componentes mais simples. E é disso que trata esta lição.

Após ler este artigo você será capaz de:

  • Entender o que são intervalos, e o seu papel na construção de escalas
  • Como identificar as escalas de Dó maior e A menor na escala de trastes
  • Utilizar “padrões de caixa” para facilmente jogar escalas maiores e menores em qualquer chave

O que são intervalos?

Um intervalo é a distância entre duas notas. Existem dois tipos de intervalos: passos inteiros (também chamados de “tom”), e meios passos (ou um “semitom”). Para colocar em termos de guitarra, um meio passo equivale a um movimento de um só passo. Um passo inteiro, por outro lado, é semelhante a subir (ou descer) a prancha de trastes por dois trastes. E quando você toca uma corda de notas em certos intervalos, você recebe uma escala. Como esta:

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Estas são as notas da escala de Dó maior, com os intervalos entre elas denotados ou com um “W” (passo inteiro) ou um “H” (meio passo). Note que os intervalos entre Mi e Fá, e Si e Dó, são ambos meios passos, enquanto todas as outras notas são passos inteiros um do outro.

Intervalos na fretboard

Aqui está como aquele diagrama de intervalos na corda E da fretboard.

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Neste diagrama, as notas Mi, Fá, Sol, Lá, Si e Dó foram realçadas. Como o Fá está meio passo acima do Mi, as duas notas são um traste – neste caso a corda de Mi aberta e o primeiro traste. E como o Sol é um passo acima do Fá, estão dois trastes à parte, com o Sol no terceiro traste.

E o Ré, o Si e o Dó? Como a nota A cai no quinto traste da corda de Mi, o Mi tem que estar um passo acima (ou dois trastes), daí o sétimo traste. O Dó, por outro lado, é apenas um meio passo (ou um traste) do Si: o oitavo traste.

Então, onde encontraria a nota de Ré? Sabendo que o intervalo entre um Dó e um Ré é um passo, terá de subir dois trastes do Dó para chegar ao Ré, no décimo fret.

Introduzindo a escala maior do Dó

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O que acontece se tocar todas as sete notas do primeiro diagrama nessa sequência exacta? Você terminaria com a escala de Dó maior. Essa é uma escala de sete notas composta apenas por notas naturais, o que significa que não há agudos e achatados.

A escala de Dó maior é altamente memorável, e pode ser murmurada até mesmo pelo tom surdo terminal. E há uma boa razão para isto: Tem uma vibração distintamente ‘feliz’ que a distingue das outras escalas. Vá em frente e assobie a melodia para “Do-Re-Mi” – essa é a escala de C maior.

O diagrama abaixo mostra uma das muitas formas em que a escala está disposta no tronco traste.

Esta forma particular da escala de C maior pode ser dividida em duas partes iguais: Ambos os quartetos de notas, nas cordas A e Ré, são espaçados de acordo com um padrão de “meio passo inteiro”.

Isto significa que você começa com o Dó, depois sobe um passo inteiro para o Ré, depois outro passo inteiro para o Mi, antes de terminar com um meio passo para o Fá. E este padrão de “meio-passo inteiro” repete-se a partir da nota G na corda seguinte, mais fina.

A escala A menor

Escalas menores são mais melancólicas, no entanto partilham algumas características com os seus primos maiores e mais animados. Por exemplo, ambas as escalas compreendem sete notas. E se você olhar para seus intervalos, você encontrará cinco passos inteiros e dois meios passos, assim como em uma escala maior. O que difere, contudo, é a sequência do todo e dos meios passos.

Por exemplo, aqui está uma escala A menor e os intervalos entre as notas.

Sim, notará que as notas são exactamente as mesmas que as da escala de Dó maior. Mas o A menor é considerado uma escala diferente porque a sua sequência de intervalos não coincide com a do Dó maior.

E aqui está uma maneira de a escala de A menor poder ser disposta na escala de Dó.

Box shapes para lembrar

Mas há uma maneira mais fácil de tocar essas escalas maior e menor, e elas são chamadas de “formas de caixa”. Com elas, você não terá que mover toda a mão para cima e para baixo da prancha de trastes quando estiver executando escalas. Aqui está a forma da caixa para o C maior.

Comparado com o diagrama anterior, esta forma está espalhada por três cordas. O que significa que você só precisa mover os dedos – e não o braço inteiro – para tocá-lo.

E aqui está a forma da caixa para o menor:

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A melhor parte sobre estas caixas é que você pode deslocá-las para produzir diferentes escalas maiores ou menores. Por exemplo, movendo a forma da caixa de escala maior de C para cima um passo inteiro, para D, dá-lhe a escala maior de D. Tente levar a forma da caixa da escala de Dó maior para a nota de Sol na corda Mi, começando na terceira traste.

Agora que o padrão começa numa escala de Sol, você terá uma escala de Sol maior. Note que embora o padrão permaneça o mesmo, as notas mudaram. E há um novo tipo de nota no Fá sustenido, ou Fá#.

Pontas? Vamos deixar esse conto para a próxima vez.

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