As It Happens
Posted: 31 de outubro de 2016
Última atualização: Novembro 01, 2016
Esta história foi publicada em 31 de Outubro de 2016.
Monday é, claro, Halloween – e para muitas crianças em toda a América do Norte, isso significa um monte de doces.
Para a Jen e o Chris, a crescer em Los Angeles, era sempre a Candy. Com um ‘C’ maiúsculo. Mesmo sendo todos adultos agora, eles serão para sempre os filhos da lenda cómica canadiana John Candy.
Tonight, a estrela de clássicos da comédia como Uncle Buck, Planes Trains and Automobiles, e Cool Runnings – para não falar no SCTV – teria celebrado o seu 66º aniversário. Mas como você provavelmente se lembra – se você tivesse idade suficiente na época – John Candy morreu de ataque cardíaco em 1994, enquanto filmava seu último filme no México.
A perda foi sentida de forma aguda aqui e ao redor do mundo. Mas poucos sentiram mais do que Jen e Chris Candy.
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Os irmãos falaram com As It Happens host Carol Off de Los Angeles, Califórnia. Aqui está parte da conversa deles.
Carol Off: Chris, lembras-te de quando tiveste a noção do que o teu pai fazia na vida?
Chris Candy: Sim. Acho que eu tinha talvez cinco ou seis anos. Ele estava a trabalhar no Harry Crumb, onde tocava este trenó esquisito. Lembro-me de ir passar um dia em Vancouver, onde estavam a filmar. E ele estava vestido com uma incrível roupa de couro azul com uma peruca careca e um autobronzeador. E ele parecia um cabeleireiro da Europa de Leste. E só me lembro de olhar para este homem enorme – o meu pai – como esta personagem, dizendo: “OK, isto não é normal.” Isso faz-me sorrir só de pensar nele. Naquele momento, eu sabia que havia algo único e interessante acontecendo.
CO: Você tinha um personagem favorito que ele tinha?
CC: Muitos dos seus personagens que eu amava, mas apenas amava os personagens Schmenge. Ele era tão engraçado. E tão nerd. Eu sou um nerd. Então eu achei aquele personagem tão idiota e engraçado. Aquela tem um lugar no meu coração.
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CO: Jen, tinhas um favorito?
Jen Candy: Oh, rapaz. Como o meu irmão . . . Eu tenho um fraquinho pelos Schmenges. Mas, na SCTV, sempre adorei o Dr. Tongue e o Johnny LaRue. Eu queria fazer uma camisola que dissesse “Vote no LaRue” durante esta época adorável de eleições – veja quantas pessoas a conseguiram.
CO: Ele próprio era político ou apenas muito bom em ser capaz de lambuzar aquele político?
JC: Não tanto político em casa. Acho que ele só conhecia esse personagem. Ele adorava o Johnny LaRue. Ele era conhecido entre os seus amigos em Toronto como “Johnny Toronto”. Todos o chamavam de “Johnny Toronto.” Ele é o tipo que faz qualquer coisa. Se entrar num bar, toda a gente o conhece. Se entras na loja local, todos o conhecem lá. Toda a gente o conhece na rua. LaRue pensa que ele pode fazer tudo e todos vão adorar.
CO: John Candy traz-me à memória, claro, o tio Buck, e Dell Griffith em Aviões, Comboios e Automóveis. Mas Jen você disse que um dos papéis que ele mais trabalhou na criação foi um papel dramático no filme JFK.
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JC: Ele interpretou Dean Andrews. Acho que foi o primeiro papel dramático em muito tempo em que ele esteve acordado. No início de sua carreira, ele tinha feito coisas mais sérias e se afastou um pouco disso porque gostava mais da comédia. Por isso, acho que ele trabalhou muito porque queria fazer a coisa certa. Ele queria ser considerado como um ator sério em algum momento.
“ff de Sunset até Jefferson Boulevard, a LAPD bloqueou a secção da auto-estrada para sul para a procissão fúnebre. E isso foi inacreditável.” – Chris Candy
CC: Ele trabalhou bastante naquele com um treinador de dialectos, que estava fora do seu reino de preparação para uma personagem. O tom daquele projecto era diferente. E eu era uma criança – não era como se eu estivesse analisando sua ética de trabalho na época – mas eu só sei que por ouvir as pessoas falando sobre isso e também apenas o peso daquele personagem, você não pode improvisar isso. Você tem que fazer o seu trabalho ou não vai ser acreditável.
CO: Ele era uma pessoa tão importante na vida de uma geração. No Canadá, claro, nós reclamamo-lo. Mas este era o teu pai. Quando ele morreu muito subitamente de um ataque cardíaco em 1994, Chris, do que te lembras dessa altura?
CC: É uma experiência devastadora que passámos. Você meio que vive com isso para o resto da sua vida, a perda de um dos pais. Mas você aprende muito, crescendo com ele fora. Mas eu lembro-me do tempo. Havia muita comunidade na cidade – da família às pessoas com quem ele trabalhava. E depois podia-se ver pelo que se passava nas notícias. E o que foi avassalador para mim – e ainda hoje é avassalador – é que vivemos em Los Angeles e há a auto-estrada 405 e ela sobe e desce Los Angeles. E ao largo de Sunset até Slauson ou Jefferson Boulevard, a polícia de Los Angeles bloqueou a secção da auto-estrada que vai para sul para a procissão fúnebre. E isso foi inacreditável. Porque, na altura, nunca se viu isso acontecer. E ainda hoje, quando estou sentado no trânsito, digo: “Não acredito que bloquearam esta auto-estrada por ele!”
“Acho que falar dele com as pessoas é a minha homenagem a ele por esta altura.” – Jen Candy
CO: Jen, vais passar o Halloween de alguma forma especial para comemorar a sua passagem?
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JC: Sim e não. O mês inteiro é onde eu comemoro meu pai e seu aniversário, e o Halloween e comemoração. Eu passo-o com a minha família. Por isso acho que este ano vou sair com a minha mãe. E o Chris, acho que ele também vai estar por perto. Mas acho que falar sobre ele com as pessoas é a minha homenagem a ele desta vez. Porque muitas pessoas adoram ouvir histórias e muitas pessoas adoram partilhar as suas histórias. E isso é muito bom. E por isso dizes sempre: “Feliz aniversário, pai.” Isso é o que eu faço.
Para mais sobre esta história, ouve a nossa conversa completa com a Jen e o Chris Candy.