A diferença chave entre seres humanos e Neandertais é como consumimos e gastamos energia. Ela vai muito além de explicar porque sobrevivemos à era moderna enquanto nossos primos – literalmente – beijadores morreram.
Esse é um dos interessantes resultados de um longo artigo de Vox’s Brain Resnick explorando as vidas sexuais inter-espécies do Homo sapiens e Homo neanderthalensis.
(Toda pessoa viva não de descendência exclusivamente africana tem alguma ascendência Neanderthal. Parece que os Neandertais nunca chegaram à África.)
Resnick falou com Bernard Wood, um paleoantropólogo da Universidade George Washington. Aqui está a parte da conversa deles que se colou a mim:
“Eles provavelmente precisavam de mais cerca de 600 ou 700 calorias por dia mais do que um humano moderno” para alimentar seus corpos mais resistentes, explica – grande em tempos de abundância, mas catastrófico em uma fome. Eles eram a caminhonete dos hominídeos que consomem gás. Nós éramos o carro inteligente.
Isso explica porque a nossa espécie de Neandertais humanos superou os Neandertais, mesmo quando acasalamos com eles.
Não está claro o quão inteligentes ou sociais os Neandertais eram, mas sabemos que eles nunca formaram os tipos de bandas grandes e agressivas que o Homo sapiens fazia. Eram mais volumosos do que nós, com ossos largos e testa curta. Também sabemos que o número deles diminuiu, e então eles desapareceram por volta de 40.000 anos atrás.
A sugestão dos Neandertais, de que os Neandertais simplesmente não eram energeticamente eficientes o suficiente para sobreviver a períodos de escassez, é convincente. (Ainda assim, como ele aponta mais tarde, os Neandertais conseguiram sobreviver por um milhão de anos, muito mais tempo do que nós temos até agora)
Para ser claro: a madeira não afirma que essa diferença na necessidade calórica é a explicação completa para o desaparecimento dos Neandertais, mas ele invoca uma imagem intrigante – uma espécie que simplesmente requer mais recursos do que o mundo sempre poderia oferecer.